Revista Rua

2018-07-31T14:15:41+01:00 Cultura, Música

Rodellus: “Conseguimo-nos distinguir dos restantes festivais oferecendo algo de novo e de refrescante à região”

No rescaldo do Rodellus, o festival de música em Ruílhe (Braga), falamos com Jorge Alexandre Dias, responsável da organização.
Marta Alves31 Julho, 2018
Rodellus: “Conseguimo-nos distinguir dos restantes festivais oferecendo algo de novo e de refrescante à região”
No rescaldo do Rodellus, o festival de música em Ruílhe (Braga), falamos com Jorge Alexandre Dias, responsável da organização.

O Rodellus é mais que um festival de rock. É um evento que se preocupa com o meio natural e a sustentabilidade. O vosso objetivo é também alertar a consciência do público sobre essas medidas ecológicas?

Sempre. Achamos que a componente ambiental deve cada vez mais fazer parte da vida das pessoas e a sua consciencialização deve ocorrer em todas as interações possíveis que tenhamos. Um festival de música deixa uma pegada carbónica terrível, quer devido à sua logística, quer devido ao próprio público e aos seus respetivos consumos. Tentamos dar o exemplo, mas acima de tudo contrapor com medidas práticas e efetivas.

Servirá como uma chamada de atenção para outros eventos?

Julgo que parte dos eventos já têm cada vez mais uma política de responsabilidade social e ambiental interventiva, mas esta tem sempre que ser feita à escala. Gostamos de ter esse papel e pretendemos sempre desenvolver e atingir novos objetivos.

Em relação a esta edição, as vossas expectativas foram superadas? Porquê?

Temos um balanço bastante positivo desta edição e pretendemos que na próxima consigamos melhorar ainda mais. Conseguimo-nos distinguir dos restantes festivais oferecendo algo de novo e de refrescante à região e esse é um caminho interessante que, com certeza, queremos percorrer. A próxima edição será especial (cinco anos) e tentaremos mais uma vez superar as expectativas.

Qual é o número total de festivaleiros durante os três dias?

Durante os três dias contamos com cerca de 3500 festivaleiros. É bom ver esta massa apresentar-se e mostrarem que não têm medo do campo. Essa é, sem dúvida, a maior e melhor validação.

Consideras que há aspetos a melhorar? Se sim, quais?

Há sempre. Neste momento, ainda temos que descomprimir e deixar a poeira assentar, mas estas são prontamente identificadas e ficam logo catalogadas para que no próximo ano se consigam melhorar. Vamos certamente tentar ter um cartaz melhor, introduzir mais transportes nos dias do festival, de preferência ecológicos, melhorar condições e conforto para quem nos visita. Ainda é muito cedo, mas as ideias estão cá. Para já, queremos descansar um pouco, refletir sobre o que correu bem e menos bem e somente em setembro é que pensaremos de que maneira e em que formato o festival se irá apresentar. Para já, é descomprimir um pouco. No fundo, todos precisamos.

Veja aqui alguns dos destaques desta edição do Rodellus. As fotografias são de Marta Alves.

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