Revista Rua

2019-09-24T22:34:08+01:00 Cultura, Fotografia

Wandson Lisboa: A ilusão dos pequenos mundos

O "ídolo acessível" está na RUA.
Wandson Lisboa
Nuno Sampaio18 Julho, 2019
Wandson Lisboa: A ilusão dos pequenos mundos
O "ídolo acessível" está na RUA.

É o “ídolo acessível” que nos faz passar horas no Instagram, a ver os seus stories divertidos ou a analisar a sua criatividade – as composições que posta no seu feed são repletas de cor e recados humorísticos. No meio de tanta imaginação, Wandson Lisboa, natural de São Luís do Maranhão, no Brasil, destaca-se como um dos mais notáveis influencers no nosso país e, aos poucos, vai saltando do mundo digital… à conquista de novos horizontes! Em jeito de homenagem pela inspiração que nos traz, aqui está Wandson Lisboa, num throwback de uma conversa originalmente publicada na RUA em 2017.

Wandson Lisboa

As tuas fotos são ilustrações, simbolismos, pequenas histórias e lugares-comuns. Como é o teu processo criativo?

Falando agora como um rapaz crescido, vejo que quando eu era pequeno tinha uma casa cheia de gente com muito talento. A minha mãe sabia fazer as melhores decorações para a casa e era uma boa pintora. As toalhas da mesa de jantar eram cheias de flores e sempre obras dela. O meu pai sempre foi muito inventivo e faz as melhores festas de aniversário (coisa que ando a querer herdar). O meu tio é e sempre foi do teatro. Cresci com isso tudo. Pincéis, marionetas, diversão, cores e muito amor. Morávamos todos juntos. Acredito que isto ajudou no meu processo criativo que é bastante visual. Junto todas estas referências que tive em criança, os lugares-comuns e todo o acumulado visual de todos estes anos para criar uma coisa dentro do meu mundo. 

A criatividade é um papel em branco?

No meu caso é. Depois de ir buscar todas as referências dentro da minha cabeça, vou compondo a mensagem que quero passar. Tento nunca ir pela primeira ideia que surge. A segunda, a terceira ou a quarta pode ser melhor. Penso sempre –  ok, tive esta ideia, agora preciso melhorá-la. E tudo começa num caderno com folhas brancas e sem pautas onde desenho tudo antes de fotografar.

O humor é uma constante no teu trabalho. A utilização do humor, por vezes de uma forma crítica, é onde o teu mundo começa a espelhar-te?

Sempre usei o humor como forma crítica. Eu posso estar a sofrer seja lá com o que for, mas vou sempre usar o humor para demonstrar esse sentimento. Esta é constantemente a minha essência.

Qual a cidade que gostarias de expor o teu trabalho com impressões gigantes no meio da rua?

Nunca pensei nisso! Aos poucos estou a sair do Instagram digital e a levar as minhas ideias impressas em papel para vender. Fiz uns postais e uns cadernos. Tem resultado bem. Mas daí pensar em impressões gigantes seria uma novidade para mim. Mas gostava que fosse na terra onde tudo começou: São Luís do Maranhão, Brasil.

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