Revista Rua

2024-09-19T18:23:05+01:00 Cultura, Em Destaque, Teatro

A Revolução que me ensinaram. Um texto autobiográfico, escrito e interpretado por Joana Cotrim

Uma outra visão à Revolução de Abril.
A revolução que me Ensinaram ©Bruno Simão
Cláudia Paiva Silva19 Setembro, 2024
A Revolução que me ensinaram. Um texto autobiográfico, escrito e interpretado por Joana Cotrim
Uma outra visão à Revolução de Abril.

Numa outra perspetiva de vida, após a “revolução dos Cravos”, segue-se a história das famílias que, também injustamente, foram perseguidas pelos atores políticos da época que mudou o rumo de Portugal.

Joana Cotrim viu na sua saga familiar, mais do que uma forma de vida, uma história para contar. Emigradas para o Brasil, estas famílias tinham de passar pela ostracização e desconfiança dos que ficavam, como se apenas a dicotomia “esquerda” versus “direita” fosse a única forma de viver. Semelhanças com os dias de hoje?

Joana nasce em Portugal, mas tem nacionalidade brasileira, cresce entre o calor húmido tropical e as saudades de uma terra natal e de amigos separados por um Oceano de distância. Numa forma nem sempre fácil ou hábil de gerir situações e muito menos perguntas que se tornam constrangedoras, não querendo abrir fossos ou entrar em campos “minados”. Tem oito anos quando regressa a um país fechado (mas mais “aberto que antes”) e com a ideia de que o 25 de Abril não foi assim tão revolucionador quanto isso.

Com cocriação e interpretação também de Rita Morais, juntando-se em palco Francisco Barahoma, a peça, em cena apenas entre os dias 19 a 22 de setembro na Sala de Teatro do Clube Estefânia, em Lisboa, é um espelho e o resultado de uma investigação pessoal sobre um dos períodos conturbados da nossa história moderna.

A revolução que me Ensinaram ©Bruno Simão
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