
Comparo o início do ano ao início de um caderno acabado de comprar, com as folhas em branco, cheiro a novo, onde escrevemos com uma letra bonita e desejamos que se mantenha assim até ao fim.
Nas resoluções para o ano novo, muitos pais também desejam chatear-se menos com os filhos, serem mais pacientes, tolerantes, estarem mais presentes… mas, com o decorrer do tempo, voltam ao vira o disco e toca o mesmo. É possível criarmos boas relações com os filhos e não andarmos o tempo todo a chatear-nos com eles, no entanto, alinhar os pensamentos e emoções com aquilo que desejamos que aconteça, poderá ser um desafio.
Independentemente da idade que os miúdos têm, é importante questionarmo-nos sobre o papel que queremos desempenhar enquanto pais dos nossos filhos. Se queremos ser pais justos e assertivos, como vamos conseguir ser? Se queremos ser pais mais pacientes ou presentes, como vamos conseguir que isso aconteça?
Acredito na influência que podemos ter junto de quem nos rodeia, especialmente dos nossos filhos. Está ao nosso alcance viver momentos de felicidade, celebrar pequenas vitórias, cuidar de nós, fazer o que gostamos, melhorar o que correu mal, pedir ajuda quando é preciso, rever prioridades, delegar o que for possível. A Parentalidade é sobre a forma como os pais dão resposta às situações que vivem com os filhos e está tudo certo se surgirem dúvidas, errarem, corrigirem e aprenderem a fazer diferente.
Se a intenção para este ano é melhorar a relação com os filhos, o foco terá que estar no nosso papel enquanto pais, nas escolhas que fazemos e tal como refere a música, se é para acontecer, que seja agora.
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Sobre a autora
Mãe de 3 crianças com 10, 8 e 5 anos, apaixonada pela família e colecionadora de boas memórias. É Orientadora Parental em Parentalidade e Educação Positivas. Na prática, ajuda famílias nos desafios da parentalidade, a torná-la mais leve e a construírem relações com mais significado.
Instagram:@anamagdabarroso