“Caminho Marítimo de Santiago” um novo percurso para se fazer, numa iniciativa e parceria entre a Upstream Portugal – Valorização do Território e o Fórum Oceano – Associação da Economia do Mar.
Na década dedicada aos Oceanos, tendo em conta a sua preservação ao mesmo tempo que, de forma sustentável se propõe a sua utilização enquanto palco de vários recursos naturais e essenciais à sociedade e seu bem-estar, é apresentada a nova rota de peregrinação portuguesa “Santiago chama-te. Vai com o Vento” cuja partida ocorreu a 28 de maio.
Esta nova idealização e alternativa ao caminho tradicional até à Galiza, tenta obter a certificação de “Caminho Português de Santiago”, ao mesmo tempo que aposta em algo diferente, onde se explora o potencial de experiência para lá do religioso, espiritual ou profano. Não nos podemos esquecer que esta é uma recriação única, até agora, daquela que era a rota de peregrinação mais antiga da Europa, feita por mar, a qual terá tido início, segundo a lenda histórica, na Barca da Pedra, a qual teria transportado o corpo do Santo Peregrino desde a Palestina até Santiago, no 1º milénio. Contudo, hoje, face às novas demandas, este caminho irá proporcionar aos viajantes um novo conhecimento e abordagem às comunidades do litoral, através das suas doze etapas.
A rota de 500 milhas náuticas, terá início em Vila Real de Santo António e o itinerário prevê paragens nos portos de Vilamoura, Lagos, Sines, Cascais, Peniche/Nazaré, Ria de Aveiro, Leixões e Viana do Castelo. A escolha de algumas destas localidades baseia-se na ideia que a passagem da Barca da Pedra por terras lusitanas teve como suporte os portos romanos existentes à data, o que promove também um diferente tipo de turismo daquele que estamos habituados, incluindo o religioso, cultural, património e histórico. Já na Galiza, o restante percurso será feito a pé, entre Vila Garcia de Arousa até ao final da jornada.
Dentro do contexto atual de Economia Azul, esta viagem serve também de apoio às cidades, vilas e comunidades portuárias e piscatórias, relembrando a sua importância comercial, económica e história em Portugal, país dependente do mar e Oceano, numa forma de chamar a atenção ao contínuo potencial que poderão oferecer às economias marinhas emergentes, nomeadamente biotecnologia. Por outro lado, estes novos portos e pontos de abrigo permitem também aos viajantes obterem alternativas de adaptação à organização das viagens, através da transmissão de informação sobre os “Portos de Santiago”.
Os desportivas João Rodrigues, Fernando Pimenta, Joana Pratas, Francisco Lufinha, Ângela Fernandes e Hugo Rocha, todos ligados ao ambiente mar, são os embaixadores deste evento, associando-se assim à originalidade que Portugal tem para oferecer e mostrar.