O Centro CEREBRO, em Braga, assinala o Dia Mundial do AVC, a 29 de outubro, com a apresentação de um tratamento inovador que visa promover uma recuperação das funções motoras mais eficaz.
Anualmente, 15 milhões de pessoas são vítimas de acidentes vasculares cerebrais, sendo que em Portugal representa a primeira causa de morte mais comum. Os dados mais recentes divulgados pela Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral afirmam que “por hora, três portugueses sofrem um AVC, sendo que um destes não sobrevive e um ficará com sequelas incapacitantes. A nível mundial, a taxa de mortalidade é de cerca de 30% e outro terço das pessoas fica com sequelas físicas permanentes, que vão afetar a qualidade de vida dos pacientes, podendo ainda resultar em complicações mais graves como pneumonias, tromboses ou contraturas”.
Ao Centro CEREBRO chega a terapia recoveriX, uma neurotecnologia inovadora que ajuda o paciente a recuperar as funções das extremidades superiores e inferiores, ao mesmo tempo que potencia a fisioterapia padrão com a possibilidade de uma recuperação mais eficaz e sucedida. Segundo informações partilhadas pelo Centro CEREBRO: “Os pacientes aos quais já foi aplicada esta terapia apresentaram visíveis melhorias, nomeadamente no que se refere à sua locomoção, maior capacidade de concentração, aumento da capacidade de memória, capacidade de movimento ativo e passivo, redução da espasticidade, aumento da sensibilidade e redução de tremores”.
A terapia recoveriX resulta da combinação de três terapias convencionais, nomeadamente: Imaginação Motora, a Realidade Virtual e a Estimulação Elétrica. “Durante as 25 sessões terapêuticas necessárias para a aplicação desta terapia, os pacientes imaginam movimentos das mãos ou das pernas um total de 6.000 vezes, sendo este o mesmo número de vezes que uma criança necessita para aprender a andar. Desta forma, enquanto imagina os movimentos, o paciente está a criar novas ligações no cérebro”, pode ler-se em comunicado.
Para o neuropsicólogo e diretor do Centro CEREBRO, Jorge Alves: “A incorporação desta neurotecnologia reitera a continuidade do nosso compromisso em elevar os cuidados de reabilitação neurológica em Portugal e em melhorar a vida das pessoas vítimas de lesão cerebral”.