Coletivo Til apresenta um dos projetos do “Desejar – Movimento de Arte e Lugares Comuns” no Mercado Municipal de Braga
Por Francisco Gonçalves
O Colectivo Til, que faz parte da assembleia do Desejar – Movimento de Arte e Lugares Comuns, apresentou a “Máquina de ativação de desejos” no Mercado Municipal de Braga com o objetivo de deixar que “as pessoas vejam a cidade de uma perspetiva diferente”, como indicou Diogo Monteiro, um dos organizadores.
A atividade pretendia que o utilizador tirasse, entre quatro estações e minijogos, o sentido, a direção e o sentimento que baseava o modo como iriam observar a cidade. Depois escreviam num bilhete o que viram ou sentiram.
Diana, estudante de Estudos Orientais, foi uma das visitantes da amostra. Em conversa com a Revista Rua, deu os parabéns pela iniciativa e alinhou-se ao objetivo que foi proposto pelo Coletivo de ver a cidade de uma forma diferente. Moradora em Braga a vida inteira, afirmou que é mais fácil visitar turisticamente outras cidades do que descobrir lugares onde nasceu e viveu. E com a forma de olhar para os sítios numa perspetiva sentimental descobriu que “as coisas mundanas têm valor”.
O trabalho da assembleia do Desejar surge em contexto da Braga 25’, uma iniciativa que nasceu do trabalho feito pela Câmara Municipal e a empresa municipal Faz Cultura na candidatura para a Capital Europeia de Cultura 2027 (CEC 2027) que acabou por perder para Évora juntamente com Aveiro e Ponta Delgada. Depois do veredito europeu, o Ministério da Cultura decidiu recriar a iniciativa da Europa com as cidades candidatas ao fazê-las capitais portuguesas da cultura: Aveiro em 2024, Braga em 2025 e Ponta Delgada em 2026. O Desejar é um dos 19 projetos que constituem a Braga ’25.