Chama-se UTOPIA e é uma exposição individual de Cristina Troufa (n. 1974), uma artista do Porto que trabalha a autorrepresentação e apresenta sete dezenas de obras, entre pintura, desenho e instalação, produzidas desde 2007, mas com particular enfoque nos últimos três anos. Com curadoria de Helena Mendes Pereira, UTOPIA desenvolve-se a partir de uma seleção de poemas de Sophia de Mello Breyner (1919-2004), no ano em que se assinala o centenário do seu nascimento.
“UTOPIA ilustra a obra de Cristina Troufa que, a partir de fotografias que capta de si própria, com destaque para a luz e cor. Através do acrílico expressa simbolicamente as reflexões e conversas que tem consigo. As suas pinturas, propositadamente de aspeto inacabado, refletem a admiração pelos pintores impressionistas e pela utilização das superfícies lisas, sem grande tratamento, típicas dos pós impressionistas. Paula Rego, Graça Morais e Júlio Pomar são algumas das referências contemporâneas nos campos da manipulação cromática e da construção cénica”, podemos ler na descrição da artista.
De acordo com a própria Cristina Troufa, o seu trabalho é “algo espiritual, uma viagem entre várias vidas e diferentes estágios no tempo, na mesma vida, coexistindo lado a lado, através de estratégias de autorepresentação que, no limite, questionam o sentido da vida”. “O meu trabalho é sobre a minha vida, sobre mim e sobre as minhas crenças”, acrescenta.
Esta exposição estará patente na zet gallery, na Rua do Raio, em Braga, até 4 de maio.