Na sua 33ª edição, o Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais abraçou o tema “Ensaio para o Futuro”. O tema surgiu da vontade de explorar os desafios que continuam a ser vividos e as conversas que ainda são necessárias: a representatividade e a inclusão, a sustentabilidade ambiental, a política do quotidiano e os movimentos sociais como forças poderosas de mudança. É urgente, também, ouvir e parar. Se as democracias mostram sinais de fragilidade e os extremismos ganham espaço no frenesim do mundo virtual e da vida real, devemos parar para pensar em novas formas de organização, de modos de vida e de criação.
Na Galeria da Estação, programado regularmente pelos Encontros da Imagem – Associação Cultura, está exposto “Desvio Padrão”, de Diogo Bento, focado na “postura frequentemente colonial da ciência sobre a natureza, bem como as complexidades inerentes à investigação cientifica em Cabo Verde numa era de capitalismo global e neocolonialismo”.
Carlos Barradas terá o seu trabalho, “On the exploration of fragmented futures”, em exposição no Theatro Circo. Este projeto, desenvolvido na cidade, é um exercício de exploração de algo que ainda não existe, tão intangível quanto o futuro, indo ao encontro da natureza antropológica do trabalho do fotógrafo.
Os Encontros invadem novamente as ruas de Braga, desta vez em formato expositivo, ao contrário de edições anteriores onde existia uma referencia a exposições. “Drowning World”, de Gideon Mendel está presente na Avenida Central: uma “tentativa de explorar a nossa emergência climática global de uma forma íntima e sistemática, para mostrar que os efeitos das alterações climáticas ignoram todas as fronteiras de riqueza, classe, raça e geografia.”
As exposições podem ser visitadas até 28 de outubro de 2023 em vários espaços da cidade de Braga, assim como Barcelos, Guimarães e Porto.