Revista Rua

2018-08-20T12:28:24+01:00 Histórias

Esta é a nossa casa!

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Andreia Filipa Ferreira6 Agosto, 2018
Esta é a nossa casa!
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Numa altura em que anunciamos o início da nossa aventura por todas as ruas de Portugal, voltamos à nossa casa, em Braga, para mostrar-lhe o que somos e para onde queremos ir. É nesta redação que a RUA se constrói e é desta redação que vamos contar-lhe todas as histórias que cabem no nosso país. O Minho, esse que nos acolhe e nos inspira, estará sempre nas nossas palavras.

Fotografia: Nuno Sampaio

São 9h30 e, através do vidro sarrabiscado que nos separa do resto dos colegas do nosso Grupo Érre, começamos a ver a azáfama do dia, numa sinfonia em crescendo. Já deu tempo para nos cruzarmos na área de coffee break, já deu tempo para ouvirmos “aquela ideia de reportagem” que temos mesmo de fazer, já deu tempo para contarmos as peripécias daquela entrevista que fomos fazer no final do dia anterior. Da nossa “janela sarrabiscada” vemos um mundo que é muito nosso, mas é no interior das nossas paredes que, como dizemos, a magia acontece. A RUA é um mundo em movimento, seja pelo fervilhar de ideias, os nossos tais “bichos carpinteiros” que nos impedem de estar muito tempo sem nenhuma novidade arrojada, seja pela juventude que nos exige uma criatividade constante, mas com os pés na terra. Sabemos que somos diferentes e é essa diferença que tentamos que seja o mote que carimba os nossos dias. Àqueles que nos acompanham, esta reportagem é um convite a conhecer-nos no nosso íntimo, como um autêntico reality show em direto da RUA.

A RUA começa e acaba nesta redação, contando muitos quilómetros de estrada nos intermédios. Da pesquisa inicial à revisão final pré-envio para impressão, a revista faz-se dentro das instalações do Grupo Érre, sediado em Ferreiros, na cidade de Braga.

Volta ao Minho em 30 meses

O Minho é mar e rio, é montanha e gente que passa uma vida a tentar movê-la. Gente como nós que, a cada dia, tenta reinventar conceitos e fazer história. A RUA é arte, é cor, é irreverência! Ao longo de 30 meses, contamos o Minho em todas as suas facetas, encaramos o horizonte como um admirável mundo novo e trouxemos às nossas páginas o universo de cada um. Das palavras escritas sugadas à minha imaginação às fotografias captadas pelo olhar único do Nuno. Das ideias loucas da Maria João e da Joana às conceções atentas da Carolina. A RUA é o resultado de uma equipa pequena, mas com essa tal vontade que move montanhas. E, como farol que nos aponta o rumo, que nos chama à terra e depois nos deixa voar, temos dois guias que nos acompanham a cada passo deste caminho. Acelerando-nos, impondo-nos a meta ideal, travando-nos nos momentos em que a nossa agitação nos atordoa. Eles são os homens por detrás dos rostos que se apresentam aqui, numa redação que cresce cada vez que há uma cadeira vazia. Sim, as cadeiras vazias levam-nos mais longe! Porquê? Porque é sinal que nos fizemos à estrada, que avançamos em busca de algo que ainda não tínhamos. Hoje, temos um rumo definido, entre as curvas e contracurvas que este percurso nos trará: uma RUA nacional. Mas é daqui, desta “janela sarrabiscada”, que nos preparamos para conquistar quem acredita no jornalismo sério, bem-feito, sem as lacunas do costume que não deviam ser costume.

A RUA começa e acaba nesta redação, contando muitos quilómetros de estrada nos intermédios. Da pesquisa inicial à revisão final pré-envio para impressão, a revista faz-se dentro das instalações do Grupo Érre, sediado em Ferreiros, na cidade de Braga. Há dias de conversas infindáveis ao telefone, há dias de emails exaustivos cujas respostas tardam, há dias de transcrições, revisões e finalizações que parecem nunca ser as finais. E há noites. Noites de escrita, noites de conversas sobre o rumo disto e daquilo, noites de “nada” porque amanhã haverá qualquer coisa. Somos exigentes! Mas é essa exigência, esse trabalho em loop que nos faz ver que somos capazes de sonhar mais alto, de voar mais alto. E neste ciclo, há pessoas que se juntam por livre e espontânea vontade, esperando contribuir para o nosso crescimento e para o crescimento deles próprios. À Ana João e ao seu jeito meigo de falar; ao Isaac e à sua vontade de aprender; ao João e ao seu olhar atento envolto em sorrisos, enviamos os nossos mais sinceros agradecimentos, porque é por eles que conseguimos ter esta RUA que vale a pena folhear. À Maria Inês que, com um olhar audaz, nos traz as tendências deste mundo online que queremos apostar ainda mais, seja através da nossa app para dispositivos móveis, seja através do nosso site em constante atualização; à Filipa Santos Sousa que connosco ainda acredita no jornalismo; à Joana Soares que está sempre pronta para escrever e à Rita Almeida que lhe acompanha o ritmo, mostrando que um dia será jornalista, dizemos que são um orgulho para nós. À Marta, à Micaela e ao Miguel, sabemos que o futuro lhes trará as melhores conquistas, porque o auxílio que nos deram será, com certeza, recompensado.

Em todas as letras, frases e páginas que esta RUA acolheu ao longo destes 30 meses, trouxemos um Minho real, contado com a emoção que só Paulo Brandão consegue colocar nas palavras ou com as explicações que só a experiência de Tiago do Vale e de Helena Mendes Pereira garante. Contado com as sábias perspetivas de Sílvia Sousa e José Gonçalves Lopes, com as inesperadas sugestões de José Manuel Gomes ou Cátia Faísco e com as infindáveis tentativas do Mário Meireles e da sua Braga Ciclável para nos pôr a andar de bicicleta. Ainda chegará o dia, nós prometemos!

A RUA está na nossa cabeça. Todos os métodos, as formas, os conceitos surgem de momentos descontraídos de brainstorming entre os elementos da redação e a administração.

Como se faz a RUA?

A RUA está na nossa cabeça. Todos os métodos, as formas, os conceitos surgem de momentos descontraídos de brainstorming entre os elementos da redação e a administração. São tentativas e erros. É faz e desfaz. Não há um plano definido no início que se tornará real, sem nenhum tipo de mudança, no final. Os “bichinhos carpinteiros” que temos são os nossos maiores inimigos porque, na realidade, seria muito mais fácil mantermo-nos em linha reta, na mesma estrada que os outros, não era? Mas não. Nós gostamos de arriscar, mesmo quando isso significa começarmos tudo de novo. Ai tantas vezes que aquela capa perfeita foi alterada um dia antes do envio da edição para a gráfica! Tantas discussões sobre o motivo disto ser melhor do que aquilo. Mas crescemos. E sabem o que isso significa? Que continuamos a fazer o mesmo, mas com mais tempo de antecedência! Porque em todas as ruas há algo novo todos os dias… e a nossa não é exceção.

Depois da reunião editorial no começo de cada mês, a temática da edição é apontada. A partir daí, é descobrir, é ir e é fazer. Explicado parece simples, mas não é! Há tarefas na agenda que não se conseguem cumprir porque se esqueceram de nós, há fotografias perfeitas se a luz estivesse a incidir mais à direita, há artigos no ponto… não fosse ter texto a mais para a paginação! Na batalha do corte e cose, a RUA vai ganhando o seu aspeto natural. As verificações finais são feitas procedendo-se a toda, mesmo toda, a revisão da revista. Todos os textos são lidos, relidos, rabiscados e alterados se for necessário. Todas as imagens são tratadas conforme as necessidades gráficas. O momento em que se recebe a prova de cor da capa da edição é crucial nesta odisseia, porque só assim percebemos se aquilo que trabalhamos durante um mês terá o rosto certo. Depois, há que rever novamente a edição completa, numa tentativa constante de evitar falhas, textuais ou visuais. Se estiver tudo como manda a nossa exigência, voilá! Mais uma Revista RUA pronta a imprimir!

Quando a espera termina, depois daquela semana em gráfica, a RUA chega às instalações para iniciarmos o processo de distribuição. Atenção: neste momento não há desculpas, todos ajudam a descarregar as caixas vindas da transportadora! Após folhearmos a recém-chegada edição, procedemos à organização da distribuição, que sai de Braga rumo a todas as principais cidades do Minho.

Este é o ciclo da RUA. Contudo, esta nossa aposta por trazer às nossas páginas um Portugal inteiro vai exigir-nos mudanças. Mas, como já dissemos, “mudanças” é o nosso nome do meio!

A RUA que queremos ser

Até aqui, a RUA chegava aos leitores através de uma distribuição mensal gratuita focada na região do Minho. Para nos ler, bastava deslocar-se a alguns locais turísticos, culturais ou até empresariais para nos encontrar. Ou, então, acedia à nossa edição online.  Com o passar do tempo e com o nosso crescimento, fomos recebendo cada vez mais pedidos especiais para receber a RUA ou para apresentar projetos à RUA. Projetos provenientes de fora do Minho. Estas abordagens fizeram-nos pensar numa estratégia que permitisse, para além de continuar a fazer o nosso trabalho de um modo bastante próximo, chegar mais longe. Com as fronteiras do Minho a tornarem-se mais ténues, quisemos dar um salto, com todo o respeito que a nossa região merece. Isto não significa que vamos deixar o Minho ou que o Minho se torna mínimo nas nossas páginas. Voltaremos ao Minho sempre que se justifique, sempre que aqui hajam histórias para contar. Partiremos apenas para um panorama nacional, já que pensamos haver um lugar para nós… nas bancas! Pois, esta é a outra parte da novidade que temos para contar: a RUA aventura-se, a partir dos próximos meses, na arena dos grandes, daqueles que olhámos, ao longo destes 30 meses, como um exemplo a seguir… mas à nossa maneira. A qualquer dia, a qualquer hora, poderá ver-nos online, com reportagens e entrevistas especiais. Mas, de três em três meses, temos encontro marcado nos pontos de venda nacionais. A promessa é que vamos tentar surpreende-lo com os encantos de Portugal. Histórias contadas com o tempo que precisam, vidas retratadas com o impacto que merecem. Espera por nós? Daremos novidades em breve!

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