Revista Rua

2021-05-07T12:18:16+01:00 Negócios

Marketplaces de serviços: uma tendência crescente

Debruçamo-nos sobre esta tendência e apresentamos alguns dos competidores que operam no mercado português.
Redação7 Maio, 2021
Marketplaces de serviços: uma tendência crescente
Debruçamo-nos sobre esta tendência e apresentamos alguns dos competidores que operam no mercado português.

O comércio eletrónico tem vindo a afirmar-se como uma alavanca imprescindível para os mais variados negócios, tanto como mecanismo de expansão como rampa de lançamento.

Os marketplaces, em específico, surgem como “montras” digitais, onde as empresas podem apresentar ao mundo os seus produtos e serviços sem custos tão pesados com infraestruturas.

Quer esteja à procura de empresas de gestão de condomínios, serviços de canalizador, de contabilidade, de instalação de alarmes e de tudo um pouco, certamente conseguirá encontrá-los num marketplace de serviços.

Debruçamo-nos sobre esta tendência e apresentamos alguns dos competidores que operam no mercado português.

Os números não mentem: a digitalização nacional

De acordo com a plataforma DataReportal, a qual recolhe dados à escala planetária, em janeiro de 2021 contabilizavam-se 8.58 milhões de utilizadores de Internet em Portugal.

Olhando para o seu relatório digital completo referente a 2020, lançado em janeiro do ano passado, conclui-se que 90% da população ativa no online tinha visitado uma loja eletrónica no decurso do mês anterior (dez 2019).

Por outro lado, a Eurostat diz-nos que em 2020, nas faixas etárias entre os 16 e os 74 anos, 45% dos utilizadores da internet em Portugal concluíram compras online.

Apesar de nos encontrarmos abaixo da média europeia (68%), o INE enquadra estes números como o maior aumento percentual de sempre (cerca de 7% no espaço de um ano).

Este crescimento diz respeito ao total do comércio eletrónico, prevendo todas as suas modalidades. Tendo em vista que existem inúmeros modelos de negócio online, os mais comuns são o B2B (Business to Business, de negociante para negociante) e o B2C (Business to Consumer, de negociante para consumidor final).

Recuperando um estudo dos CTT divulgado em 2019 (CTT E-Commerce Report), o B2C online cresceu 20% em 2019, o que ilustra uma grande mudança de comportamento por parte dos consumidores, em particular se considerarmos o seguinte perfil:

– Faixas etárias mais jovens e em idade ativa.

– Rendimento e qualificação acima da média nacional.

– Residentes, na sua vasta maioria, em grandes áreas urbanas.

Capitalizar estes números e não perder o comboio da digitalização é fulcral para o surgimento, desenvolvimento e até para a sobrevivência dos negócios.

Presença no Marketplace vs loja online: o que as aproxima e afasta

É comum confundir-se o marketplace com uma presença mais usual no e-commerce.

O modelo de negócio da loja de comércio eletrónico trata de:

– Vender a sua própria marca (ou múltiplas marcas) ou, neste caso, os seus próprios serviços.

– Gerir todo o processo de venda e pós-venda.

A possibilidade de terceiros se registarem e comercializarem os seus bens ou serviços não é equacionada.

Por sua parte, o e-commerce de marketplace:

– Reúne diversas empresas prestadoras de serviços ou retalhistas num único website.

– Não gere o seu próprio catálogo de serviços e/ou produtos.

– Atua como repositório e ponto de contacto entre cliente e consumidor no momento da compra.

O marketplace mais popular do mundo, onde empresas e privados podem vender os seus produtos, é a Amazon.

A empresa que gere o marketplace trabalha na base da mediação e processamento de transações (qualquer apoio ao cliente posterior ficará do lado do terceiro registado no marketplace). Algumas das vantagens deste sistema passam pela:

– Simplificação das relações comerciais e processamento de encomendas.

– Facilitação da navegação do ponto de vista do utilizador, através da existência de um catálogo centralizado onde figuram várias empresas e prestadores.

– Expansão da quantidade de produtos e serviços disponibilizados, a partir do momento em que mais marcas se encontram representadas.

– Descomplicação do processo de venda para empresas mais pequenas ou de nicho. A logística tornar-se-á menos pesada, fomentando a criação de novos negócios.

– Centralização de certos nichos de mercado no mesmo espaço online.

Certas plataformas de e-commerce associam o comércio online de produtos e serviços próprios à modalidade de marketplace.

Exemplos populares em Portugal são, por exemplo, os websites das lojas tecnológicas Fnac e Worten, vendedoras de um extenso catálogo próprio e prestadoras de alojamento para terceiros através do seu marketplace.

O marketplace de serviços em Portugal

Vender produtos online, por vezes de forma exclusiva, é uma tendência crescente. O mesmo pode ser, sem dúvida, aferido no que diz respeito a prestações de serviços.

A categorização dos marketplaces:

Os marketplaces podem dividir-se em múltiplas “categorias” ou setores de mercados. Do lado dos produtos, podemos equacionar marketplaces de produtos generalistas ou centrados em vestuário, calçado, livros, joalharia, artesanato, decoração (…).

Serviços diversos:

Certos marketplaces de serviços adotam também uma estrutura mais generalista, como é o caso do marketplace português Zaask, o qual opera exclusivamente no online.

O seu modelo de negócio permite que clientes privados e empresariais encontrem e contratem profissionais bem classificados e obtenham uma fácil orçamentação para os seus projetos idealizados. Quer queira saber quanto custa um logotipo, um serviço de fotografia, de coaching pessoal, de remodelação de casas ou outros, todo o tipo de prestadores podem aqui ser encontrados.

A predominância do turismo e alojamento:

De acordo com o relatório “Top 100 Online Shopping Portugal” (2019), uma das 10 lojas online mais populares em Portugal é o Booking.

A Marktest revela-nos, ainda neste setor, a popularidade nacional do Tripadvisor (um fenómeno híbrido que funciona tanto como marketplace de serviços como rede social). Para além destes, destaca-se ainda a apreciação por plataformas como a Expedia ou Airbnb.

Por outro lado, se considerarmos o alojamento de longo prazo, a líder Casa Sapo é especificamente um portal imobiliário nacional que permite comprar, vender ou alugar milhares de propriedades em Portugal.

Serviços de entregas:

Cada vez mais em voga, entre outros, estão também os marketplaces de entrega de refeições e outros produtos, como a Glovo e a Uber. Estes gigantes ganharam um boom de popularidade recente e a sua rede de parcerias com restaurantes e outras lojas físicas é cada vez mais transversal.

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Zaask, o marketplace online de serviços líder na Península Ibérica é um facilitador e acelerador do processo de contratação de serviços, que ajuda clientes e empresas a encontrarem profissionais de qualquer sector que mais se adequem às suas necessidades. Ao mesmo tempo, oferece oportunidades de trabalho a profissionais e PMES de todas as áreas, para que aumentem o seu volume de negócio.

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