Revista Rua

2022-04-27T16:04:41+01:00 Histórias

Projeto “Viagem pelo Esquecimento” de Ana Mesquita, João Gil e Mia Couto em destaque no maat até 5 de maio

Num encontro entre três diferentes formas de arte – vídeo-arte de Ana Mesquita, a música de João Gil e a poesia de Mia Couto – a obra Viagem Pelo Esquecimento percorre os passos daquela que foi a nossa pegada humana.
©Diana Quintela
Redação27 Abril, 2022

Projeto “Viagem pelo Esquecimento” de Ana Mesquita, João Gil e Mia Couto em destaque no maat até 5 de maio

Num encontro entre três diferentes formas de arte – vídeo-arte de Ana Mesquita, a música de João Gil e a poesia de Mia Couto – a obra Viagem Pelo Esquecimento percorre os passos daquela que foi a nossa pegada humana.

Viagem pelo Esquecimento é um filme tríptico, dividido em doze temas, que nos convida a viajar pelas facetas da História. Pela primeira vez apresentado no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (maat), este projeto estará em exibição contínua até 5 de maio, durante o horário do museu, e traz a vídeo-arte de Ana Mesquita, a música de João Gil e a poesia de Mia Couto.

O projeto conta com banda sonora de João Gil e arranjos de Luís Figueiredo, doze poemas inéditos de Mia Couto – ditos por vozes como a dos músicos Maria Bethânia, Manuela Azevedo, Carlão e João Gil, dos atores Diogo Infante e Natália Luiza e do radialista Fernando Alves, às quais se juntam Ana Mesquita e João Gil –, e a video-arte de fotógrafos e cineastas como Ana Mesquita, Isabel Nolasco, Maria João Rodrigues, Mariana Teixeira, António Proença de Carvalho, Henrique Blanc, Pedro Senna Nunes, Sebastião Albuquerque e Vasco Pinhol.

“O resultado destes doze vídeos é um trabalho documental que se traduz num registo artístico. Algo entre o documentário e a ficção. Todos os vídeos apelam à consciência de quem fomos, e convidam a uma postura ecológica, representando a História de Homem de um modo poético e apaixonado e navegando depois nessa espécie de amnésia em que a mente mergulha face ao estímulo multissensorial da instalação”, descreve Ana Mesquita.

Com uma duração de cerca de 70 minutos, a instalação é projetada em três ecrãs que competem entre si pela atenção do espectador, numa relação intensificada por múltiplos estímulos, obrigando-o a decidir-se, instantaneamente, por que caminho seguir. “É na ambiguidade das escolhas, e das emoções que elas criam que o espectador se deixa capturar por todo o movimento em redor. E o ideal é que, efetivamente, se deixe levar, embalado por cada acorde, cada nova voz, cada imagem do poema e cada frame do vídeo”, acrescenta a autora.

Partilhar Artigo: