
Razão Inversa de Fernando Calhau no Forum Arte Braga
Fernando Calhau – Razão Inversa é uma exposição realizada a partir de obras da Coleção de Serralves e de importantes coleções em depósito na Fundação, a ser apresentada amanhã, dia 13 de março, pelas 18h, no Forum Arte Braga no âmbito de mais uma iniciativa da parceria entre a Fundação de Serralves e o Município de Braga, seu fundador.
Esta iniciativa integra-se no Programa de Exposições Itinerantes da Coleção de Serralves, com o objetivo de tornar este acervo acessível a públicos diversificados de todas as regiões do país. Este programa percorre o país, apresentando diferentes exposições e obras em mais de 30 municípios, cumprindo assim a missão da Fundação de Serralves de apoio efetivo à descentralização da oferta cultural.
Partindo do núcleo de obras de Fernando Calhau (Lisboa, 1948 – 2002) pertencentes à Coleção de Serralves e a importantes coleções em depósito na Fundação, a exposição Razão inversa reúne um conjunto de trabalhos paradigmáticos que marcaram diferentes momentos do percurso do artista ao longo de quatro décadas, revelando, por um lado, a profunda consistência da sua prática e, por outro, a sua surpreendente ambivalência. Ancorada no rigor da arte minimal e numa profunda sensibilidade romântica, a obra de Fernando Calhau revela-se repleta de conflitos internos que lhe conferem uma complexidade invulgar, pertencendo inextricavelmente ao universo da razão e da intuição.
Fernando Calhau inicia o seu percurso pela gravura no final dos anos 1960, ainda antes de ingressar no curso de Pintura da Escola de Belas Artes de Lisboa, enunciando desde logo os principais eixos sobre os quais se desenvolveria toda a sua prática artística: o monocromatismo, a depuração formal, a serialidade, a destreza da mão e o seu apagamento, a valorização do processo e do suporte, do tempo de fazer e de olhar, da lucidez e da sombra. Integrando pintura, fotografia, trabalhos sobre papel e instalações de grande escala, Razão inversa reflete a unidade e a tensão inerentes à obra de Fernando Calhau: apesar da sua aparente simplicidade, exige que o olhar abrande e se demore para revelar os seus enredos.
Esta exposição, com curadoria de Joana Valsassina, integra o Programa de Exposições Itinerantes da Coleção de Serralves.