No passado dia 31 de agosto o autor, compositor e intérprete, Sérgio Godinho celebrou os seus 75 anos no Teatro Maria Matos, o primeiro de quatro concertos na sala lisboeta. Com ele trouxe “O Novo Normal”, “um retrato hiper-realista da nossa agenda diária e do que a Covid-19 nos trouxe”.
O autor de canções célebres como, “Com um Brilhozinho nos Olhos”, O” Primeiro Dia”, “É Terça-Feira” ou “A noite passada” nasceu no porto, no ano de 1945.
Aos 20 anos saiu do país, por se recusar a participar na Guerra Colonial. Durante o exílio, viveu em Genebra, Paris, Amesterdão, Brasil e Vancouver, tendo neste seu percurso integrado várias bandas.
O seu primeiro LP, Os Sobreviventes, foi gravado em França, em 1971, e contou com a colaboração de músicos franceses e de José Mário Branco, então também radicado em França. Ainda no exílio, Sérgio Godinho gravou o álbum Pré-Histórias. Ambos os discos foram proibidos em Portugal pela censura.
Regressou a Portugal após o 25 de abril de 1974 e em 1983 editou o álbum Coincidências, com a colaboração de alguns dos mais famosos músicos brasileiros – Chico Buarque de Hollanda, Ivan Lins e Milton Nascimento -, um acontecimento inédito no nosso país. Nos anos que se seguiram, gravou mais três álbuns de originais: Salão de Festas, Na Vida Real e Aos Amores.
Ao longo da sua carreira tem recebido vários prémios e distinções pelos seus discos, músicas e poesia, como, por exemplo, o Prémio Carreira Blitz’95, dois Prémios da Casa da Imprensa para Melhor Disco Português do Ano por Os Sobreviventes e O Canto da Boca, o Se7e de Ouro para Melhor Cantor Português do Ano também por O Canto da Boca, o Prémio de Teatro Infantil da Secretaria de Estado da Cultura pela peça da sua autoria Eu, Tu, Ele, Nós, Vós, Eles, e o Prémio José Afonso atribuído pela Câmara Municipal da Amadora pelo disco Tinta Permanente.