Revista Rua

2024-08-28T23:13:29+01:00 Cultura, Música

Vilar de Mouros: um festival que é um encontro de gerações

O cartaz da edição de 2024 foi composto por grandes nomes da música nacional e internacional que subiram ao palco do Festival mais antigo da Península Ibérica.
Miguel Estima28 Agosto, 2024
Vilar de Mouros: um festival que é um encontro de gerações
O cartaz da edição de 2024 foi composto por grandes nomes da música nacional e internacional que subiram ao palco do Festival mais antigo da Península Ibérica.

O Festival CA Vilar de Mouros regressou nos dias 21, 22, 23 e 24 de agosto à aldeia bucólica das margens do rio Coura, com a surpresa de um dia totalmente dedicado à música portuguesa e de entrada gratuita.

A abertura do festival foi feita pela banda local Fogo Frio, que antecedeu ao lendário The Legendary Tigerman, que acompanhado pela sua banda fez um concerto do melhor do Rock n’ Roll contemporâneo. Seguiram-se os eternos GNR, ou não fosse Rui Reininho uma das vozes mais emblemáticas do Rock português, sucedidos do projeto Amália Hoje, composto por Nuno Gonçalves e Sónia Tavares (The Gift), Fernando Ribeiro (Moonspell) e Paulo Praça. A noite encerrou com os Delfins, detentores de alguns dos maiores clássicos do cancioneiro nacional.

O segundo dia iniciou ao som do trash metal dos Ramp, seguidos dos veteranos do metal gótico Moonspell. Depois dos riffs pesados do metal aliados às letras sobre espiritualidade, política, escravidão ou guerra dos Soufly atuaram os Xutos & Pontapés, num concerto que foi emotivo e cantado em uníssono. Os The Cult, pioneiros do pós-punk, hard rock e experimentalismo, fecharam a segunda noite do festival com a sua destreza musical, atitude descomprometida e presença cativante do vocalista Ian Astbury.

Ao terceiro dia a abertura do palco ficou a cargo dos Sulfur Giant, banda de Caminha dedicada ao heavy blues psicadélico. Seguiram-se os Capitão Fausto, uma banda que se tornou indissociável do panorama nacional, regressam ao palco principal de Vilar de Mouros, abrindo caminho para a música rápida, hipnótica e apaixonada dos ecléticos Crystal Fighters. Antes do duo de hip hop alternativo e rave Die Antwoord encerrarem a noite, os Ornatos Violeta, banda de culto de várias gerações, regressaram ao Palco Crédito Agrícola para mais um concerto que foi inesquecível.

O último dia abriu com Vapors of Morphine, formados pelo co-fundador e saxofonista de Morphine, Dana Colley, e que mantêm vivo o legado da banda, a quem se seguiu o incontornável David Fonseca. The Waterboys atuaram também na noite da despedida, onde já no soundcheck a meio da tarde se ouviu o tema carismático “The Whole of the Moon”. O festival encerrou com a excelência do rock britânico de The Darkness, que subiram ao palco logo a seguir aos The Libertines de Pete Doherty e Carl Barât, deixando certamente vontade de regressar ao Festival CA Vilar de Mouros em 2025 nos dias 21, 22 e 23 de agosto.

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