Revista Rua

2019-08-27T09:54:37+01:00 Radar

Visões do Futuro by DECO PROTESTE em Braga a 13 de setembro

O ciclo de conversa pretende trazer a mobilidade sustentável ao centro das atenções
Imagem representativa
Andreia Filipa Ferreira27 Agosto, 2019
Visões do Futuro by DECO PROTESTE em Braga a 13 de setembro
O ciclo de conversa pretende trazer a mobilidade sustentável ao centro das atenções

Com o intuito central de colocar em discussão questões ligadas à Sustentabilidade, Mobilidade e Vida Saudável, a DECO PROTESTE tem organizado um ciclo de conversas chamado Visões do Futuro, envolvendo os cidadãos e tentando dar visibilidade a estratégias definidas pelos municípios para melhorar a sociedade atual. O ciclo, que já passou pela cidade de Castelo Branco, chega a Braga a 13 de setembro, com mesas redondas e tertúlias relacionadas com a tecnologia ao serviço da qualidade de vida, a inteligência ao serviço da cidade e a mobilidade sustentável (o peão e a cidade). O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, e o Country Mananger da DECO PROTESTE, António Balhanas, farão as honras de abertura, na black box do edifício gnration. Para conhecermos melhor os propósitos deste ciclo, com entrada gratuita mediante inscrição, a RUA conversou com Bruno Santos, o responsável pelo evento Visões do Futura by DECO PROTESTE.

Bruno Santos, responsável pelo evento Visões do Futura by DECO PROTESTE em Braga

Em primeiro lugar, gostaríamos de perceber o principal intuito desta ação. Visões do Futuro by DECO PROTESTE é uma ação que envolve exatamente o quê? 

As conferências Visões do Futuro pretendem discutir a Sustentabilidade, a Mobilidade e a Vida Saudável na ótica do cidadão. Não procuramos abordagens conceptuais ou futuristas; pretendemos, antes, debater problemas reais e tentar encontrar soluções reais, em que os cidadãos sejam o centro do processo de análise e de decisão.

Este ciclo de conferências, por assim dizer, é uma forma da DECO PROTESTE apelar ao pensamento sobre certas questões? Que assuntos importam explorar? 

Consideramos que é urgente que os temas que escolhemos, e que são estruturantes para a análise de alguns dos principais problemas com que as sociedades atuais se debatem, entrem na agenda da discussão pública, na agenda dos media e, consequentemente, nas agendas políticas. Cidadãos mais informados são cidadãos mais exigentes, mais atentos, mais críticos. É crucial o fortalecimento da cidadania para o condicionamento positivo das políticas públicas.

Neste evento em Braga, a mobilidade é o ponto de partida. Consideram que esta cidade tem garantido, através de projetos de mobilidade, um estilo de vida mais sustentável ao consumidor?

Não escolhemos Braga por acaso. Consideramos que a cidade tem uma dinâmica que traduz uma visão importantíssima – definir soluções locais para problemas locais. Sem qualquer tipo de demonização do poder central, os mecanismos de decisão local são cruciais para, por exemplo, definir políticas urbanísticas mais eficazes e eficientes. E, neste ponto, as autarquias têm de ser o pilar de um país e de regiões mais sustentáveis, envolvendo os cidadãos nos processos de tomada de decisão, tornando-os parte da solução.

A tecnologia, ao serviço do consumidor, é a vosso ver uma forma de futuro? Ou seja, sendo impossível fugir aos avanços da tecnologia, temos de adaptar as suas mais valias para benefício do consumidor? 

Extrair todo o potencial positivo da tecnologia tem de continuar a ser a chave do desenvolvimento tecnológico. A utilização da tecnologia para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos é um dos exemplos que trazemos ao Visões de Braga. E é uma abordagem que contraria um dos impactos mais negativos associados ao desenvolvimento tecnológico – o isolamento dos cidadãos, a rotura comunitária e a deterioração da vida em sociedade. Pelo contrário, trazemos uma abordagem inovadora, que rompe barreiras e constrói redes de apoio, numa perspetiva inclusiva.

Este evento Visões do Futuro by DECO PROTESTE tem planeamento contínuo? Existem mais ações agendadas noutras cidades? 

Sim. Já estivemos em Castelo Branco e, além de Braga, ainda iremos a Lagos e Arouca. A 18 e 19 de outubro, fecharemos o ciclo de 2019 com o Visões do Futuro em Lisboa. Este movimento assumiu uma vocação nacional, permitindo-nos apreender melhor as realidades locais e, tanto quanto possível, dar maior visibilidade às estratégias definidas pelos municípios, muitas vezes, para os mesmos problemas.

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